Inovações por todo o lado. Esse é o retrato da Inteligência Artificial no Direito. A transformação digital invadiu todos os segmentos da sociedade, as relações pessoais e profissionais. Apesar de causar certo temor em algumas pessoas, especialmente considerando a diminuição dos postos de trabalho, a IA não surgiu com a ideia de competição.
A inteligência artificial no Direito aparece, na verdade, para deixar ao advogado as funções que são exclusivas dele. Ou seja, ele fará coisas em que não pode ser substituído, como o atendimento pessoal e empático ao cliente. À tecnologia a burocracia!
Saiba um pouco mais sobre a Inteligência Artificial no Direito.
Inteligência artificial no Direito: aplicações
Escritórios de advocacia, departamentos jurídicos, administração pública. A inteligência artificial no Direito não se restringe ao âmbito privado, mas alcança os tribunais e outras instituições públicas. Em qualquer lugar, ela possui aplicações que podem otimizar a atividade e aumentar a produtividade dos profissionais.
Isso porque a inteligência artificial é baseada no aprendizado contínuo na coleta, processamento, pesquisa e análise de informações. Em outras palavras, a tecnologia aprende a se comportar como um humano. Na advocacia, pode ser como assistente virtual dos advogados e demais profissionais. Sua principal aplicação é automatizar tarefas. Realizar pesquisas, rever contratos e ou prever resultados estão dentre suas atribuições.
Pesquisa
Quanto tempo você demora para escrever uma petição de um tema que não conhece? É preciso pesquisar doutrina, artigos, jurisprudência e legislação para fundamentar bem sua peça. Felizmente, com a IA, é possível analisar documentos em poucos segundos.
Ao invés de você dedicar 4 horas para isso, deixe que a tecnologia faça isso em 15 minutos. Esse tempo a mais, inclusive, ocasionaria uma elevação nos valores dos honorários advocatícios. Com a tecnologia, é possível se manter num preço competitivo.
Revisão de contratos
Outra funcionalidade da inteligência artificial no Direito é a revisão contratual. Já existem plataformas baseadas nessa tecnologia que consegue escanear o contrato e apontar cláusulas omissas ou que exigem revisão.
Previsão de resultados
Análise de probabilidades pode ser uma tarefa ingrata para o advogado. São muitas horas pensando no que poderia ser, no entanto, a inteligência artificial pode assumir esse papel de analisar documentos para tomar a melhor decisão. Essa tecnologia otimiza o processo de análise de probabilidades, comparação de ações similares e de tendências da jurisprudência. Com a extração de dados do big data jurídico, ela identifica novos casos e elabora estatísticas.
Em palavras técnicas, é a IA atuando na relação entre modelos preditivos (uso de dados e algoritmos para prever situações futuras) e jurimetria (aplicação da Estatística para compreender processos e fatos jurídicos).
Benefícios da inteligência artificial no Direito
Utilizar a inteligência artificial no Direito pode trazer muitos benefícios para os usuários, tais como:
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Agilidade na resolução dos processos: um robô de automação pode cadastrar processos em lotes, capturar os andamentos automaticamente e registrá-los em um software, monitorar e analisar resultados de um processo, escrever peças jurídicas, realizar mediações entre litigantes, etc.;
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Decisões gerenciais mais fundamentadas: a Inteligência Artificial no Direito extrai dados relevantes por meio de um robô de automação, a partir da identificação de padrões, para prever tendências e demandas, o que possibilita ao gestor tomar decisões mais fundamentadas.
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Redução de gastos: ao otimizar a produtividade das equipes, os negócios de advocacia podem aumentar sua margem de lucro.
Desafios
Adotar inovações em um mercado tradicional como o jurídico é um grande desafio. Por isso, pensar em inteligência artificial no Direito é também pensar no que deverá ser trabalhado com as pessoas para que elas aceitem essa tecnologia. Basicamente, são três grandes desafios:
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Resistência à mudança: em geral, advogados têm fluxos de trabalho já definidos e se mostram resistentes a adotar uma tecnologia avançada para agregar aos processos internos;
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Pensamento de competição: há um grande burburinho a respeito da diminuição dos postos de trabalho com o advento da inteligência artificial no Direito, o que incute nos profissionais o pensamento de competição.
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Qualificação profissional: inovações sempre demandam atualização no conhecimento. Por isso, um desafio da IA no Direito é o desenvolvimento de novas habilidades, como a análise e a interpretação de dados, para que os profissionais se mantenham no mercado.
A inteligência artificial no Direito pode ser utilizada para otimizar a prestação de serviços. Os profissionais se dedicam a atividades estratégicas enquanto a tecnologia faz o trabalho burocrático.
Fonte: Alkasoft
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Jonathan Spagnoli
É acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia - Mestrado Profissional da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Faveni. Bacharel em Direito pela Unicesumar. Possui Certificação de Especialista Java EE 6 Enterprise Architect Oracle Sun Microsystems, Microsoft Certified Systems Engineer, Zend Certified Engineer, Certified Ethical Hacking. Atuou como Desenvolvedor de Sofware no CPD Sul do Grupo New Holland Brasil, Professor do Curso de Extensão da Faculdade UNIMEO - CTESOP em Assis Chateubriand. Instrutor em diversos cursos de tecnologia e computação.